SOLAR DOS GOULÕES

quarta-feira, 4 de março de 2020




Arte Urbana: efémera e permanente. 


“O termo Street Art é recente se o compararmos com a antiquíssima inquietude de representar um símbolo próprio na parede e passar assim a fazer parte da vida pública (…) A Street Art tem estado presente em quase todas as épocas e lugares e é praticamente inextinguível. Porém, entre as suas características há uma que é a mais fascinante, determinante e que se manteve ao longo do tempo: a estreita relação com o dia-a-dia da rua, o que faz transcender para lá das suas origens”.
Stahl Johannes, “Street Art”, h.f. ullmann, 2009.

Procurando descrever o interesse e curiosidade relacionados com a Arte Urbana posso afirmar que, o principal motivo, deve-se a uma inesperada intromissão por esta nova corrente artística e cultural.
Nesse contexto, o conjunto de imagens que integram a presente exposição, resulta de um continuado levantamento e inventário fotográfico, reunindo desenhos, pinturas e inscrições com motivos de humor, beleza e provocação.
Recuando ao ano de 2009, tive oportunidade de captar as primeiras imagens nas ruas de Madrid. Depois, e sempre em sentido único, foram registadas milhares de fotografias de inúmeras representações concebidas, em espaços públicos e privados, por artistas portugueses e estrangeiros.
Na realidade, em diferentes latitudes e longitudes, o espaço social onde se desenvolve a Arte Urbana é cada vez mais comunicativo e reconhecido para quem produz, realiza e valoriza esta corrente artística.
Tal cumplicidade tem sido determinante para integrarmo-nos no universo da Arte Urbana, por si só reveladora duma nova geração de artistas que, através da sua inquietude, partilham o seu trabalho criativo, tão efémero como permanente.


Pedro Inácio
Museólogo e Investigador na área do Património Cultural

Lisboa, 29 novembro de 2019

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